Quando somos jovens, queremos uma pessoa que seja bonita, simpática, batalhadora, bem sucedida e sexualmente atraente. Porém, não é possível reunir todas essas qualidades em uma pessoa só. E por uma questão de afinidade, sonhos e metas acabamos nos unindo a alguém que possui um significado para nós, com quem nos divertimos, mantemos uma boa conversa e muitas outras coisas.

Passado um tempo, na vida de casado, as contas, obrigações e responsabilidades nos sufocam. As fantasias sexuais diminuem, pois, associamos a pessoa a momentos comuns do cotidiano íntimo.

Com o passar dos anos vamos conhecendo outras pessoas que parecem se encaixar melhor em nossas expectativas e a qualidade de relacionamento que estabelecemos com elas tem uma distancia agradável, sem conflitos de interesses e obrigações tornando tudo bonito e atraente, mas, muito superficial e irreal, não passando de uma fantasia passageira.

Após alguns anos juntos

Quando casais enfrentam problemas após anos juntos, quando a relação parece sem sentido, vazia, sem atração e chata, a primeira coisa a fazer é se perguntar: O que nos uniu? Por que nos juntamos? Qual era a visão que tinha do meu cônjuge? E o principal: O que ele significava para mim?

É necessário entender que tudo no casamento gira em torno do significado da união. Para alguns pode ser a libertação dos pais, para outros a liberdade sexual, ou ainda uma necessidade e dependência afetiva, existindo assim infinitas possibilidades.

Depois de feita essa avaliação é importante notar o que mudou no decorrer do tempo. Houve influências de amizades? Mudanças dos objetivos de vida? Problemas de saúde que tenham aumentado a carga de estresse? Dificuldades na contribuição financeira de um dos cônjuges? Insatisfação no desempenho sexual ou nos atributos físicos do outro? Estas são algumas possibilidades comuns, principalmente no ultimo caso onde o apelo sexual da mídia alimenta uma fantasia mentirosa.

Após essa etapa chega o momento de resignificar o relacionamento conjugal, ou seja, atribuir um novo significado para união ou resgatar o significado inicial. Há necessidade de se trabalhar com todas essas questões para se ajustar o que está divergente.

Bem, depois de tudo isso você pode pensar e se perguntar: “Minha mulher engordou, envelheceu!” Ou: “Meu marido não me escreve cartinhas, não é romântico, me usa para ser empregada, me trata como a mãe dele!” Como posso mudar essa pessoa?

A resposta é simples NÃO PODE! A menos que essa pessoa queira e entenda que seja possível mudar. Essas questões são muito profundas e muitas vezes difíceis de serem compreendidas e reconhecidas pela própria pessoa.

Precisamos entender que casamento significa construir uma vida juntos e faz parte deste caminho além das alegrias e conquistas também as decepções, as frustrações. Saber que se está com alguém que não vive apenas para satisfazer nossos gostos, vontades e cumprir todas as nossas expectativas, pois, as diferenças nos fazem crescer. Casamento é amar e amar é uma escolha, ou seja, mais do que sentimento é razão!

“Amar é deixar o outro livre, para ser quem ele quiser ser”!

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